quarta-feira, 27 de agosto de 2014

MUR-Teresina realizou primeiro Edur; confira as fotos

O Ministério Universidades Renovadas da Arquidiocese de Teresina realizou no último sábado (23) e domingo (24) o primeiro Edur – Encontro Diocesano Universidades Renovadas. O encontro aconteceu na Casa Magis no Centro da Capital piauiense. 


Participaram os servos e participantes dos GOUs (Grupos de Oração Universitário), GOPU (Pré-Universitários) e GPPs (Grupos de Partilha de Profissionais). Estiveram presentes a presidente do Conselho Arquidiocesano da RCC, Dinha Pereira, a coordenadora estadual do MUR-PI, Antonia Laíres. Por videoconferência Silvana Silva, ex-coordenadora do MUR arquidiocesano matou as saudades e falou com os encontristas.


Kennedy Sousa e Yzis Leal, respectivamente coordenador e secretária do MUR diocesano de Parnaíba (no Norte Piauiense) também estiveram no Edur.




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Ráurison Ribeiro, o filho do Altíssimo
Da Comissão de CS do MUR-PI

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Argentinos se mobilizam para participar do Enur

De 4 a 7 de setembro, o Ministério Universidades Renovadas da RCCBRASIL se reunirá na Universidade Federal de Viçosa(UFV)  para o Encontro Nacional Universidades Renovadas (Enur 2014).


Mas essa grande festa em comemoração aos 20 anos de evangelização no ambiente acadêmico não terá apenas a presença dos “luquinhas” brasileiros. O sonho de amor para o mundo chegou também à nossa vizinha Argentina, onde um grupo de estudantes se prepara pra estar em Minas Gerais.


Inicialmente, seis argentinos deverão viajar ao Brasil. Porém, todos os servos dos Grupos de Oração Universitários do país estão mobilizados, com muita criatividade e entusiasmo, para conseguir recursos para as despesas. Como auxílio financeiro, eles estão confeccionando pequenos globos de madeira, com o símbolo do Ministério, que serão vendidos em terras mineiras.


Leonel Angelino é um dos universitários argentinos que estarão no Enur. Ele explica que será como se todos os Grupos da Argentina participassem, já que toda a experiência vivenciada no Brasil será levada aos demais e transmitida através de formações. “Tudo servirá para nosso crescimento e crescimentos de todos os GOUs. Algumas pessoas não poderão estar conosco por questões financeiras, mas, indiretamente, também serão beneficiadas”, afirma.


O primeiro GOU argentino é o Ángeles Custodios (Anjos da Guarda). O Grupo nasceu em 02 de outubro de 2012, após Leonel passar um semestre estudando em uma universidade no estado de São Paulo, onde conheceu um GOU. “Quando voltei para a Argentina, me reuni com alguns amigos e falei desse sonho. Tivemos grande apoio do padre Alfredo Nicola, que nos motivou muito. Agora, já temos um GOU em outra faculdade da mesma cidade e também em outros estados”, comemora.


Sobre a comemoração dos 20 anos do Ministério, Elio David Arredondo comenta que a presença dos argentinos nesse momento não é apenas importante, mas extremamente necessária: “São 20 anos! Nós temos muito a aprender. Não estamos olhando esse encontro apenas como uma viagem e um evento para estudantes e profissionais. Esta será uma oportunidade de crescer espiritualmente e na maneira de evangelizar, dentro e fora da universidade. Estou me preparando em todas as áreas, até no idioma, há um tempo que venho estudando e quero colocar em prática”.


Além dos globos de madeira, nas dioceses da Argentina estão sendo vendidos CDs gravados com músicas cristãs, que também ajudarão a diminuir os gastos de cada jovem nessa viagem. Leonel explica que a ideia de produzir esses CDs surgiu depois que eles participaram duas vezes da missão Jesus no Litoral no Brasil. “Vimos que os brasileiros têm o hábito de trocar objetos ou pedir colaborações para poder viajar até as comunidades distantes. O CD é uma forma de evangelizar. Mais do que conseguir fundos, queremos ajudar a comunidade a rezar com essas músicas”, ressalta.


Acesse o site do evento para mais informações e para se inscrever.


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Fonte: Portal da RCCBRASIL

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O poder da oração; a carta que o jornalista assassinado pelo Estado Islâmico escreveu durante o cativeiro

James Foley, jornalista freelancer, foi executado nesta semana por membros do grupo extremista Estado Islâmico. Ele estava desaparecido na Síria desde novembro de 2013. Antes, em 2011, Foley já tinha sido capturado e solto pelas forças pró-governo Kadafi na Líbia. A carta que reproduzimos a seguir, com autorização da revista Marquette, é um relato feito pelo próprio James Foley sobre o seu cativeiro líbio de 2011.


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A Universidade de Marquette sempre foi uma amiga para mim. Daquele tipo de amigo que desafia você a fazer mais e melhor e que, no fim das contas, dá forma à pessoa que você se torna.


Com a Marquette, eu fiz trabalhos voluntários em Dakota do Sul e no Mississippi e percebi que eu tinha sido uma criança bem cuidada enquanto o mundo sofria problemas muito reais. Encontrei jovens que queriam dar o próprio coração aos outros. Algum tempo depois, eu me voluntariei numa escola secundária de Milwaukee, próxima da universidade, e me inspirei a ser professor. Mas a Marquette nunca foi tão amiga para mim como quando eu fiquei preso como jornalista.


Eu e dois colegas fomos capturados e mantidos num centro de detenção militar em Trípoli. Aumentava a cada dia a nossa preocupação com as nossas mães, porque temíamos que elas começassem a entrar em pânico. Minha colega Clare deveria ter ligado para a mãe no aniversário dela, justo um dia depois da nossa captura. Eu ainda não tinha admitido totalmente para mim mesmo que a minha mãe já soubesse do que tinha acontecido. Mas falei várias vezes para Clare que a minha mãe tinha uma fé muito forte.


Eu rezava para que ela soubesse que eu estava bem. Rezava esperando me comunicar com ela através de algum tipo de alcance cósmico do universo.


Comecei a rezar o terço. É o que a minha mãe e a minha avó teriam rezado. Recitava dez ave-marias entre cada pai-nosso. Levava tempo, quase uma hora para recitar cem ave-marias. E isso me ajudava a manter a mente focada.


Clare e eu rezávamos juntos em voz alta. Era revigorante falar das nossas fraquezas e das nossas esperanças, como se conversássemos com Deus, em vez de ficar em silêncio e sozinhos.


Fomos levados, depois, para outra cadeia, onde o regime mantinha centenas de prisioneiros políticos. Fui rapidamente acolhido pelos outros presos e bem tratado.


Uma noite, dezoito dias depois da captura, os guardas me levaram para fora da cela. No salão, encontrei Manu, outro colega, pela primeira vez em uma semana. Estávamos abatidos, mas muito felizes por ver um ao outro. No andar de cima, no escritório do diretor do presídio, um homem distinto, de terno, se levantou e nos disse: “Achamos que vocês querem ligar para as suas famílias”.


Eu fiz outra oração e disquei o número. Minha mãe atendeu.


“Mãe, mãe! Sou eu, Jim!”.


“Jimmy, onde você está?”.


“Eu ainda estou na Líbia, mãe. Me desculpe, eu sinto muito, muito!”.


“Não se desculpe, Jim”, ela implorou. “Seu pai acabou de sair. Ah, ele quer tanto falar com você! Como você está, Jim?”.


Eu disse a ela que estava bem alimentado, que tinha uma boa cama e que estava sendo tratado como um hóspede.


“Eles estão mandando você dizer essas coisas, Jim?”.


“Não, mãe, os líbios são pessoas maravilhosas. Eu estava rezando para você saber que eu estou bem. Você sentiu as minhas orações?”.


Ah, Jimmy, tantas pessoas estão orando por você! Todos os seus amigos, Donnie, Michael Joyce, Dan Hanrahan, Suree, Tom Durkin, Sarah Fang, todos eles ligaram. Seu irmão Michael ama você demais!”. Ela começou a chorar. “A embaixada turca está tentando encontrar você e a Human Rights Watch também. Você se encontrou com eles?”. Eu disse que não.


“Estão fazendo uma vigília de oração por você na [Universidade de] Marquette. Você sente as nossas orações?”, foi a vez dela de perguntar.


“Sim, mãe, eu sinto”, e pensei sobre isso durante um segundo. Talvez fossem as orações dos outros que estivessem me dando forças, me mantendo à tona.


O oficial fez um gesto. Eu comecei a dizer adeus. Mamãe começou a chorar. “Mãe, eu estou forte. Eu estou bem. Eu tinha que estar em casa para a formatura da Katie”, que já tinha acontecido fazia um mês.


“Nós amamos você, Jim!”, disse ela.


Então eu desliguei.


Eu repassei essa ligação centenas e centenas de vezes na minha cabeça: a voz da minha mãe, os nomes dos meus amigos, o conhecimento dela da nossa situação, a confiança absoluta dela no poder da oração. Ela me disse que os meus amigos tinham se reunido para fazer tudo o que podiam para me ajudar. Eu sabia que não estava sozinho.


Na minha última noite em Trípoli, consegui o primeiro acesso à internet em 44 dias e pude ouvir um discurso que Tom Durkin tinha feito por mim na vigília de oração da Marquette. Diante de uma igreja repleta de amigos, alunos, ex-alunos, sacerdotes e professores, eu assisti ao melhor discurso que um irmão poderia fazer pelo outro. Demonstrava um coração enorme e, mesmo assim, era apenas um vislumbre de todos os esforços e de todas as orações que as pessoas estavam derramando.


Ainda que não houvesse nada mais, aquela oração era a força que tinha permitido a minha liberdade, uma liberdade interior, em primeiro lugar, e, depois, o milagre de ser libertado durante uma guerra em que o regime não tinha motivação real nenhuma para nos libertar. Não fazia sentido. Mas a fé fazia.


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Fonte: Jovens Conectados com Aleteia. Imagem da Internet e grifos nossos

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

4 grandes conselhos na hora de escolher seu cônjuge

Dizem que “ninguém manda no coração”, que “o amor tem hora para chegar” e até que “o amor é cego”. Estas frases populares são verdadeiras no sentido de que o amor não é algo que possa ser induzido, nem muito menos forçado. Mas também é verdade que oamor é uma entrega que supõe nossa escolha livre.


Ao conhecer uma pessoa, somos atraídos por algumas das suas características: seu físico, seu caráter e até sua maneira de resolver esta ou aquela situação. Mas será que estas características que nos atraem são provas suficientes para considerar essa pessoa como a ideal para o resto das nossas vidas?


Com o objetivo de ajudar você em sua busca e discernimento, apresentamos alguns conselhos:

1. Evite que a pressão social de amigos e parentes induza você a se casar

Frases como “você está ficando para a titia” ou “se continuar demorando, você terá netos ao invés de filhos”, entre outras, podem gerar um mal-estar e fazer-nos acreditar que realmente precisamos nos apressar.

No entanto, por mais boa vontade que haja em nossos parentes e amigos, esta não é a razão para decidir-nos por uma pessoa. Pelo contrário, poderia nos induzir a tomar uma decisão que nos levará ao fracasso. Mantenha uma atitude positiva, tome as coisas com calma e dê-se o tempo necessário para buscar e escolher a pessoa que você merece. Deus pode ser de grande ajuda nesta busca.


2. Não escolha alguém somente pela aparência

Usar a beleza como único método de seleção é altamente arriscado. É natural que o belo e agradável nos atraia, mas, além de ser uma característica passageira, também é verdade que, uma vez que nos acostumemos com o aspecto físico da outra pessoa, o que realmente nos manterá ao seu lado serão as características que nos fazem admirá-la, e não só desejá-la: os valores que temos em comum, sua capacidade de amar, sua inteligência etc.


3. Escolha alguém com quem você tenha afinidade

É preciso escolher alguém com quem você possa realmente compartilhar o que você é: seus gostos, seus valores, sua maneira de ver a vida. Para descobrir o grau de afinidade com uma pessoa, a melhor técnica é o diálogo.


Pergunte à pessoa, por exemplo: qual é seu ponto de vista sobre este ou aquele tema? Quais são suas metas a curto, médio e longo prazo? Como é sua vida familiar? Qual é seu conceito de família? Que importância tem para você a espiritualidade? Qual é sua religião? O que você acha do casamento? etc.


4. Acreditar que o cônjuge lhe trará a felicidade que você busca é um grande erro

Não podemos basear nossa felicidade em outra pessoa. A felicidade é algo pessoal, uma forma de assumir a vida que depende só de nós mesmos e da nossa disposição para ser felizes. Por isso, pensar que a minha felicidade depende do outro não é realista.


É melhor dizer: “Sou feliz ao seu lado porque posso fazê-lo(a) feliz”. Ao dar o melhor de nós mesmos pelo bem do outro, encontraremos virtudes e qualidades que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. Assim, doando-nos, vamos nos tornando pessoas mais maduras e completas.


Lembre-se: o casal perfeito não existe, o casal perfeito sou eu. Isso não significa que, de fato, eu já sou tudo o que devo ser. Cada um deve amadurecer e ir se adaptando às mudanças da vida.


Então, não se torture nem seja duro e inflexível na busca do seu cônjuge. Seja humilde o suficiente para saber que, como você, também a outra pessoa está em processo. Além disso, conte com o fato de que há hábitos, costumes e temperamentos que uma pessoa jamais poderá mudar.


Enquanto estas realidades não forem destrutivas para nós ou para nossos filhos, somos convidados a, por amor, acolhê-las com aceitação e respeito. Isso o tornará mais tolerante e trará paz ao seu relacionamento.


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Fonte: Artigo de Edgar Moltalvo, publicado originalmente em Por tu Matrimonio, imagens da Internet

domingo, 17 de agosto de 2014

24 jovens explicam por que não usam anticoncepcionais

Em uma dos sites mais acessados do momento, o BuzzFeed, um mix de notícias e material produzido e compartilhado entre os usuários, 22 mulheres que trabalham no site postaram fotos delas mesmas com um cartaz na mão. No cartaz estava especificada a razão pela qual usam anticoncepcionais.


Em resposta ao post, 24 leitoras, com outras fotos e cartazes, expuseram o motivo pelo qual não usam anticoncepcionais. É possível ver as fotos clicando aqui.


Traduzimos os cartazes sobre o “não usamos” anticoncepcionais (alguns uma resposta direta ao “sim”):


1) Porque posso evitar uma gravidez sem envenenar meu corpo

2) Porque apesar das cólicas e da possibilidade de aparecerem espinhas, isso faz parte do ser mulher

3) Porque vale totalmente a pena

4) Porque o meu corpo é um dom para o meu futuro marido, e este dom inclui a maternidade

5) Porque sou responsável e tomo decisões aceitando as consequências das minhas ações

6) Porque quero um corpo saudável e natural

7) Porque ser fértil não é uma condição à qual preciso remediar

8) Sexo = doação TOTAL de si #NFP (Natural Family Planning, ou seja, métodos naturais de regulação da fertilidade)

9) Porque não preciso renunciar minha maternidade para ser uma feminista

10) Porque consigo me controlar

11) Porque os anticoncepcionais permitem aos homens usar as mulheres SEM consequências

12) Porque atingem os sintomas, NÃO o problema

13) Não quero colocar algo de artificial no meu corpo para impedir que aconteça algo natural

14) Porque o sexo é mais que diversão… gera a vida!

15) Porque tenho a PCOS (Síndrome do Ovário Policístico) e a pílula é menos eficaz que as alternativas naturais, mas as companhias farmacêuticas querem ganhar dinheiro

16) Porque os filhos NÃO são algo inconveniente, são um dom

17) Porque é mais legal ter dois filhos do que cães ou gatos

18) Porque o câncer de mama, câncer de colo de útero e infertilidade… não valem a pena

19) Porque NINGUÉM NUNCA está verdadeiramente pronto para ter filhos - e são uma das MELHORES e mais excitantes coisas, além da satisfação que podem causar

20) Porque ser mulher e a fertilidade são um dom lindo e eu quero um amor que seja doação de si e doação da vida

21) Porque me orgulho da minha feminilidade e porque conheço muitas jovens que têm problemas reprodutivos por causa dos anos de anticoncepcionais

22) Porque a vida é uma coisa linda, sempre

23) Porque quero um sistema reprodutivo 100% saudável e intacto quando estiver pronta para ter filhos

24) Porque a capacidade de gerar a vida é um super poder que sou orgulhosa de possuir


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Fonte: Aleteia, imagens do site Buzzfeed

sábado, 16 de agosto de 2014

Arquidiocese Metropolitana de Teresina cria plano para auxiliar universitários católicos

A Igreja Particular de Teresina está promovendo em âmbito arquidiocesano o Plauc, sigla para o Plano de Arquidiocesano de Assistência aos Universitários Católicos nas Instituições de Ensino Superior.


Para a execução do Plano o arcebispo metropolitano dom Jacinto Brito conta com o apoio da Renovação Carismática Católica e de outras pastorais e movimentos eclesiais bem como de instituições de ensino da capital piauiense.


A proposta é que sejam desenvolvidas atividades como Santas Missas nas Instituições, calouradas, colóquios, retiros, formação sobre doutrina católica, olimpíadas dos universitários, festival de música católica, videoconferência e encontros com representantes dos Poder Judiciário, Executivo e Legislativo.


Para Cecília Adaniele coordenadora do MUR arquidiocesano e representante oficial da RCC no Plauc, o Plano visa efetivar a presença da Igreja Católica nas IES onde se encontra grande número de fiéis católicos e oferecer a estes um acompanhamento espiritual e o suporte eclesiástico necessário para que nesse areópago moderno possam desenvolver sua missão de “sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5, 13-14)


Equipe do Plauc
Já estão acontecendo as Santas Missas alguns campi universitários de Teresina. A agenda anual do Plauc é produzida em comunhão com as agendas da arquidiocese e de cada um dos promotores.


O assistente eclesiástico arquidiocesano para o Plauc é padre Fábio Fernandes que é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Vitória, no Planalto Uruguai, Forania Leste.


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Ráurison Ribeiro, o filho do Altíssimo
Da Comissão de CS do MUR-PI
raurisonribeiro@yahoo.com.br

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Romaria da Solidariedade na região do Piauí afetada pela Mineração

Os moradores de algumas comunidades do sul do Piauí, a maioria gente humilde, como Baixio dos Belos e Contente, nos municípios de Curral Novo e Paulistana, no semiárido piauiense, respectivamente, além de enfrentarem problemas como a seca, ainda tem de lutar por suas terras, que estão sendo devastadas pela mineração. Os moradores dessa região estão temerosos em perder suas terras e ficarem desamparados sem ter para onde ir.


Nos últimos dias, o Baixio dos Belos, uma comunidade de aproximadamente cerca de 80 pessoas localizada a 40 quilômetros da sede Curral Novo, foi invadida por forasteiros dos mais diferentes tipos, colocando o povoado no “olho do furacão da mineração”. A maioria dos mineradores estão a procura de terras para especulação e se utiliza dos mais diferentes ardis para enganar a população desinformada. O povoado fica a menos de 9 quilômetros do local onde foi descoberta a maior jazida de ferro do Piauí e poderá desaparecer.


Preocupados com a situação, os moradores, recorreram à Igreja, no intuito de sensibilizarem as autoridades tanto em âmbito municipal, estadual e federal, para que eles vejam o tamanho da injustiça que esta sendo praticada pelos mineradores nessa região do Piauí, pois as famílias estão sendo expulsas das suas terras.


Em vista desse problema, teve início nesta segunda-feira (04), a primeira Romaria da Solidariedade, que tem como tema “Deus dos Peregrinos, dos pequeninos, Jesus Cristo Redentor”, realizada pela Diocese de Picos junto às famílias na zona do minério de ferra nos municípios de Curral Novo do Piauí, Simões e Paulistana. 


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sábado, 2 de agosto de 2014

Qual a posição do Vaticano diante da questão Israel Palestina?

Foi no passado domingo, no final da oração do Angelus, que o Papa Francisco se desviou do texto escrito e fez um apelo emocionado pelo fim do conflito em Gaza. “Por favor, parem! Peço-vos com todo o meu coração, é tempo de parar. Parem, por favor!”, exortou. 


O interesse com que o Papa segue a situação na Terra Santa tornou-se muito evidente quando tomou a iniciativa, inédita, de convidar os líderes da Autoridade Palestiniana e de Israel para participar numa jornada de oração pela Paz, no Vaticano, depois da sua visita à Jordânia, Israel e Palestina, em Maio. Durante a visita, os dois momentos em que visitou o “muro da separação” na fronteira de Israel e o monumento que comemora as vítimas do terrorismo em Israel foram também muito significativas. 


Contudo, para além desse apelo no passado domingo, o Papa tem guardado silêncio sobre a mais recente ofensiva israelita. Nem a sua conta do Twitter, habitualmente utilizada para divulgar curtas mensagens em favor da paz ou a pedir orações pelas zonas em conflito, tem servido para esse propósito. 


Todavia, o silêncio não revela desinteresse. Muito pelo contrário. É sabido que o Papa tem falado pessoalmente com o Presidente de Israel e da Autoridade Palestiniana para pedir maiores esforços no sentido de uma solução pacífica para Gaza e esta quarta-feira todos os embaixadores acreditados junto da Santa Sé receberam uma nota oficial, assinada pelo secretário de Estado, o Cardeal Pietro Parolin, que pede aos governos um maior compromisso com a resolução dos conflitos no mundo, sobretudo no Médio Oriente. 


Em declarações à Rádio Vaticano, o responsável pelas relações com os Estados falou da importância desta nota, dizendo que o que se passa em Gaza é uma violação dos direitos humanos.


A Igreja Católica está muito comprometida com a causa da paz na Terra Santa e atua no terreno, tanto em Gaza como na Cisjordânia e Israel, em auxílio das populações mais necessitadas. 


A situação é muito complexa e por isso todas as declarações e atos públicos têm de ser medidos com atenção, para não afetar o equilíbrio diplomático que é necessário nestas situações. 


Solução de dois Estados

Oficialmente, o Vaticano sempre defendeu uma solução com dois Estados independentes, Israel e a Palestina, mas com um estatuto especial para Jerusalém, que seria a capital partilhada de ambos os países, de uma forma que preserve também o acesso de todos os fiéis aos lugares santos. Israel não aceita esta possibilidade, reivindicando o controle total e absoluto sobre Jerusalém. 


A verdade é que o Vaticano não tem interesse em ser associado à posição pró-israelita ou pró-palestiniana. No terreno, a grande maioria dos católicos na região são árabes palestinianos. Estes, incluindo os que vivem em Israel, tendem a ser solidários com a causa palestiniana em geral, embora exista um desencantamento crescente com o facto de essa causa se confundir cada vez mais com o islamismo, como se vê no caso do Hamas. 


No resto do mundo árabe esse apoio é provavelmente mais cerrado. De uma forma geral os cristãos em países como o Egito, o Líbano, Síria e Iraque são anti-israelitas e mesmo alguns dos seus bispos são publicamente muito críticos de Israel, que vêem como responsável pelo conflito e por grande parte da instabilidade do Médio Oriente. 


Este sentimento não é partilhado, pelo menos com a mesma veemência, pelas conferências episcopais de muitos países ocidentais, que vêem Israel como um país que garante a liberdade de expressão, a democracia e a liberdade religiosa. Os israelitas, aliás, fazem questão de sublinhar que Israel é o único país em que a população cristã tem aumentado de forma estável e vive em paz e segurança. 


A custódia dos lugares santos

A isto acresce a importância da custódia dos lugares santos para os cristãos em Jerusalém, partilhada pelas várias confissões cristãs presentes no terreno, sob supervisão de Israel. 


Há uma disputa de longa data entre Roma e Israel sobre o pagamento de impostos pelas igrejas, que está ainda por resolver, mas sobretudo existe a noção de uma grande interdependência. 


A Igreja Católica sabe que a estabilidade de Israel é essencial para preservar o acesso e o bem-estar dos locais de culto e das populações cristãs na Terra Santa, e Israel sabe que só tem a perder se essa estabilidade for afetada, levando a uma interrupção das peregrinações e visitas guiadas.


A situação é ainda mais complexa com as igrejas ortodoxas. A Igreja russa e a Igreja grega, por exemplo, são as maiores detentoras de terreno em Jerusalém, incluindo o espaço onde foi construído o Knesset, o parlamento israelita, que está arrendado ao Governo. 


Por todas estas razões, a diplomacia do Vaticano na Terra Santa é feita de forma discreta, mas sempre no sentido de uma solução que garanta a paz entre judeus, muçulmanos e cristãos no local que é considerado santo para as três religiões abrâamicas


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Fonte: Comunidade Shalom, adaptado, imagens de Internet