domingo, 30 de junho de 2013

O Dia do Papa


"Onde está Pedro está a Igreja, onde está a Igreja, está Jesus Cristo”

Todo trabalho de equipe precisa de uma liderança que garanta as melhores condições para o trabalho conjunto, que estimule cada um a desenvolver suas melhores qualidades, que busque o equilíbrio, que impeça que uns abafem os outros e que os talentos sejam mal aproveitados, a fim de que os bons resultados sejam alcançados. Na Igreja não é diferente. Liderança é trabalho sério, é missão que faz do verdadeiro líder o servidor dos demais.


As primeiras lideranças da Igreja vieram do grupo dos Doze Apóstolos, com Pedro à frente. Ele foi o primeiro a professar a fé de que Jesus é o Filho de Deus Vivente; é o Ungido de Deus.


No dia em que André, irmão de Simão, levou-o até Jesus, o Mestre fixou nele o olhar e disse: “Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)” (Jo 1,42). Jesus muda o nome de Simão, filho de Jonas. Ele será Pedro - pedra de um grande edifício feito de gente que se assume como discípula de Cristo. É pedra de apoio para ajudar a Igreja inteira. Seu nome novo o coloca como cabeça do Colégio Apostólico, como afirma o próprio Jesus, na região de Cesaréia de Filipe: “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 18-19).


Pedro recebeu o título de Príncipe dos Apóstolos e foi o primeiro Bispo de Roma. Daí a primazia do Papa e da Diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica Apostólica Romana.


O nome é a missão

Na Bíblia, quando Deus muda o nome de alguém é porque está lhe dando uma missão. Para o judeu o nome da pessoa tinha algo a ver com a sua identidade e missão. Mesmo depois de Pedro negar Jesus por três vezes, durante a Paixão, Jesus não retira dele a missão. Ao contrário, depois de ressuscitar, confere-lhe o primado, cobrando dele uma tríplice manifestação de amor (cf. Jo 21,15-19). Com as palavras ‘cordeiros’ e ‘ovelhas’, que ele deveria apascentar, Jesus refere-se à universalidade do rebanho que lhe estava confiando.


Nenhum cardeal eleito Papa tem a obrigação de mudar de nome, mas tal ato tem um simbolismo histórico e pode dar a conhecer o itinerário que o novo Pontífice irá seguir. O costume dos papas trocarem o nome de batismo por outro foi introduzido na Igreja pelo Papa João XII (956-964), que trocou seu nome, Octaviano, pelo de João. Daí em diante, o novo Pontífice escolhe um nome especial, continuando, assim, a tradição iniciada com o primeiro Papa, que recebeu um novo nome da parte do próprio Jesus.


Jorge Mario Bergoglio, da Ordem dos Jesuítas, é o nome do Papa Francisco. Essa escolha nos remete a São Francisco, santo muito amado e conhecido pela luta contra a pobreza e pela igualdade entre os seres, o que sinaliza que o seu papado será voltado para a paz, simplicidade e humildade, e para as questões ligadas à pobreza.


Em pronunciamento, dia 16 de março, Francisco explicou qual foi a inspiração para a escolha de seu nome de pontificado. Ele contou que o amigo e arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, que estava ao seu lado quando a contagem dos votos havia alcançado dois terços e os cardeais já sabiam quem seria o novo Papa, o abraçou, o beijou e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres!”. “E aquela palavra ficou gravada na minha cabeça: os pobres, os pobres. Logo depois, associando com os pobres, pensei em Francisco de Assis. Em seguida, enquanto continuava o escrutínio até contar todos os votos, pensei nas guerras. E assim surgiu o nome no meu coração. Francisco de Assis, para mim, é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e preserva a criação. Neste tempo, também a nossa relação com a criação não é muito boa! Francisco é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre… Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!”, disse o Sumo Pontífice.


Seu lema, MISERANDO ATQVE ELIGENDO (Com misericórdia o elegeu), foi retirado de uma homilia de São Beda, o Venerável, ao comentar o evangelho de Mateus 9,9: “Viu Jesus a um publicano e, olhando-o com misericórdia, o elegeu e lhe disse: siga-me". Este lema é um reconhecimento da misericórdia divina e tem um importante significado na vida e no caminho espiritual do Santo Padre.


A designação de Papa para os sucessores de São Pedro é uma palavra carinhosa, pois pappas (πάππας), em grego, quer dizer pai. E o Papa é pai de todos os fiéis de Cristo.


Pedro foi constituído como aquele que governaria a Igreja através da qual Jesus continuaria a sua obra salvífica. A Igreja não existe para proclamar suas próprias glórias. Sua missão é anunciar Jesus, motivo da sua existência e Pastor de todos os cristãos.


O pontificado dos sucessores de Pedro tem sido a garantia da unidade cristã. Uma Igreja estruturada e enriquecida com uma experiência e com uma sabedoria que lhe permite guiar os povos, guardar e proteger a Boa Nova, que permanece intata.


Pedro subsiste hoje, na Igreja, na figura amada de Francisco. Na Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrada este ano em 30 de junho, a Igreja comemora o Dia do Papa, reza por ele e renova sua obediência a ele, colocado como pedra firme sobre a qual Jesus a construiu, sabendo que, por causa desse fundamento, o poder do inferno nunca poderá vencê-la (cf. Mt 16,18). Também é o dia da coleta para o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja no mundo inteiro.


Apesar de sua missão tão sublime, o Santo Padre é humano como nós e por isso precisa de nossas orações e apreço. Rezar pelo Papa é interceder junto ao Altíssimo, para que o Seu Vigário obtenha as luzes de que necessita para guiar o rebanho. Ele é, de fato, Jesus Cristo visivelmente presente entre os homens.


Em sua primeira bênção, para uma Praça de São Pedro lotada, Francisco afirmou: "Vamos iniciar este caminho juntos, este caminho da Igreja de Roma. Um caminho de fraternidade, de amor e confiança mútua entre nós. Vamos rezar para o mundo todo, para que haja uma grande fraternidade. Desejo que este caminho que hoje iniciamos seja profícuo na evangelização. Peço que vocês rezem para que o Senhor me abençoe”.


A Renovação Carismática Católica do Brasil permanece unida a Francisco, em oração, pedindo a intercessão da Mãe de Jesus sobre o seu Pontificado. Que o nosso Papa, a quem desde o primeiro instante começamos a amar, seja sempre iluminado, para o bem da nossa Igreja, e sempre abençoado por Aquele que o trouxe, como ele mesmo disse, do “fim do mundo”!


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Texto de Sueli Colodette, primeira secretária do Conselho Arquidiocesano da RCC Vitória/ES. Sueli é jornalista pós-graduada em Comunicação para a Pastoral. O texto e as imagens foram publicados antes no Portal RCCBRASIL. Grifos nossos

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Arquidiocese de Teresina sediará a XXIII Assembleia Regional de Pastoral da CNBB Nordeste 4


O Regional Nordeste 4 da CNBB em conformidade com o Regulamento do Conselho Episcopal Regional - CONSER, vai realizar no período do dia 4 ao dia 6 de julho, a XXIII Assembleia Pastoral do Piauí. Neste ano, o evento irá acontecer no Centro de Treinamento Socopinho, em Teresina.


A abertura oficial está prevista para as 20h pelo bispo presidente do Regional, dom Alfredo Schaffler, bispo diocesano de Parnaíba, e pelo secretário executivo, Pe. Luiz Eduardo Bastos.


Conforme determina o artigo 24 do Regulamento do CONSER Nordeste 4, os participantes da Assembleia serão: O Secretario do CONSER; Membros da Comissão Regional dos Presbíteros; Coordenadores de Pastoral ou membro de cada Diocese; Um representante do CRB e CNLB; Membros das Comissões permanentes criadas pelo CONSER. Também são convidados um representante da Catequese e outra da Pastoral da Comunicação.


A XXIII Assembleia Pastoral terá como objetivo, “Suscitar a necessidade de integrar a mensagem do Evangelho na nova cultura provocada pelas novas tecnologias na Igreja do Piauí”. Para o tema central do evento, contaremos com a colaboração da Ir. Élide Fogolari, Assessora da Comissão Episcopal para a Comunicação, que irá discorrer, “Evangelizar na cultura da comunicação na ótica do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil”. E ainda, para colaborar com o tema prioritário, “Paróquia, comunidade de comunidades – aplicações práticas”, o bispo diocesano de São Raimundo Nonato, dom João Cardoso irá nos auxiliar.


Além das palestras, a modalidade mesa redonda também fará parte deste evento. Os publicitários Bonifácio Costa e Silvio Leite, já estão confirmados para a mesa redonda, bem como a Ir. Élide se juntará aos mesmos para nortear as ideias.


Mais Informações

LOCAL: Teresina, Centro de Treinamento Socopinho, na estrada para a cidade de União.
OBJETIVO: Suscitar a necessidade de integrar a mensagem do Evangelho na nova cultura provocada pelas tecnologias na Igreja do Piaui.
TEMA CENTRAL: Evangelizar na cultura da comunicação na ótica do Diretório de comunicação da Igreja no Brasil
TEMA PRIORITÁRIO: Paróquia, comunidades de comunidades – aplicações práticas


Fonte: site da Arquidiocese de Teresina

terça-feira, 25 de junho de 2013

#papouniversitário: Princípio da Consciência da nossa Identidade

Hoje e nas três terças-feiras seguintes traremos de volta aqui no #papouniversitário quatro princípios que nasceram de direcionamentos dados ao Conselho Nacional da RCC em 2010. À época nosso Movimento lançava as redes sob a reconstrução proposta por Deus. Naquele momento refletiu-se juntar todas as profecias, todas as palavras rhema, todos os direcionamentos que o Senhor tinha dado à RCC brasileira, eles podem ser resumidos em alguns princípios, a saber, o princípio da consciência de nossa identidade, o princípio do bem, o da verdade e o da partilha.


Esses quatro pricípios devem fazer parte de todos os membros do Ministério Universidades Renovadas. Hoje refletiremos o Principio da Consciência de nossa Identidade. O texto foi retirado do encarte Reavivando a chama da Revista Renovação, edição número 67 – março/abril 2011. Grifos nossos


Let´s GOU!


A Palavra nos esclarece, na passagem de Efésios 1, 3 - 6: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos. No seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua livre vontade, para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça, que nos foi concedida por ele no Bem-amado”.


O Catecismo da Igreja Católica, nos números 1701 e seguintes, explica que na revelação do mistério do Pai e de seu amor, Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre sua altíssima vocação. Em Cristo, “imagem do Deus invisível”, foi o homem criado à imagem e semelhança do Criador. Em Cristo, Redentor e Salvador, a imagem divina, alterada no homem pelo pecado, foi restaurada em sua beleza original e enobrecida pela graça de Deus. É maravilhoso saber que temos a nossa imagem e semelhança divina restaurada por Jesus Cristo e enobrecida pelo Espírito Santo.


O mundo nos propõe uma imagem caricata, viramos uma caricatura, uma semelhança pobre, inapta, distorcida, uma imitação burlesca, ridicularizada do que nascemos para ser. Quando a pessoa tem a sua imagem distorcida ela perde a consciência de sua identidade, de sua verdadeira imagem e sua vida também fica distorcida, confusa, cheia de conflitos. Quando a pessoa readquire a verdadeira consciência de sua identidade, sua vida é restaurada. Ninguém consegue oprimir e roubar a dignidade de uma pessoa consciente de sua identidade de filho (a) de Deus. A firmeza de uma convicção interior desconcerta o mundo. Foi assim com Jesus, deve ser assim conosco.


Além da consciência de nossa identidade de filhos de Deus, precisamos estar conscientes de nossa identidade batismal. Pelo batismo somos enviados a anunciar Jesus Cristo e a força do seu Evangelho, no poder do Espírito Santo. Uma prática para nos ajudar a lembrar sempre quem somos em Jesus e na Igreja: quando acordarmos de manhã, mesmo antes de levantar, deleitarmo-nos por um momento na alegria de ser filho e colocar, de novo, a nossa vida a serviço, reafirmando a Deus nossa missão de batizados. Sempre que colocamos nossa vida diante de Deus recebemos uma força nova, uma unção nova, uma nova disposição interior.


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Comissão de CS do MUR Piauí

quinta-feira, 20 de junho de 2013

CNBB vai implantar e organizar Pastoral Universitária no Piauí


A CNBB Regional Nordeste 4 realizou no último dia 08 de junho uma reunião com representantes das oito dioceses do Piauí com o objetivo de implantar e organizar a Pastoral Universitária (PU) na região. O encontro foi na Cúria Metropolitana de Teresina e contou com a presença de dom João Cardoso, bispo diocesano de São Raimundo Nonato e referencial para a Pastoral Universitária no Regional.


Segundo Dom João, esta Pastoral deverá auxiliar a comunidade universitária na articulação entre vida acadêmica, pessoal, social e a fé. Ao mesmo tempo, a ação da PU estimula uma reflexão que faça amadurecer as implicações da fé no modo de conhecer a realidade em todas as áreas de estudo.


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Comissão de CS do MUR Piauí, com informações do site da CNBB NE 4

terça-feira, 11 de junho de 2013

Tô sem namorado (a) no dia 12 de junho. E agora?


sem namorada(o) no dia dos namorados! Saiba que não é a única pessoa nesta situação e saiba que o mundo não vai acabar por isso. Hoje é um momento oportuno para se questionar refletindo sobre sua paixão, desejos e afetos pelos outros. 


Um momento oportuno para deixar Deus falar em tua alma profundamente. 


Não é dia para ficar se entupindo de chocolate e chorando pelos cantos porque está sem ninguém. Nada de luto! Aproveite para colher de Deus o que Ele quer para você. Pois, suas promessas são verdadeiras e reais. Não acredita? Vamos caminhar com o Espirito Santo um pouco sobre sua afetividade. 


Atualmente, fala-se muito sobre carência, mas o que é isso? Se formos ao dicionário encontraremos esta seguinte resposta: 

• carência = é a falta de algo, necessidade, privação. 

Todo o ser humano é carente, pois sempre vai faltar algo para ele. Se não falta no âmbito econômico, pode faltar no âmbito afetivo, ou seja, em seus sentimentos. Ninguém é tão completo para se bastar. Aqui que entra o perigo. Pois, não fazemos o caminho certo para o que falta em nós seja completado. Então, nossos sonhos se frustam, nossa confiança no outro diminui e há um vazio grande em nosso interior que não sabe de onde vem, e o único desejo é preenchê-lo. 


Como é o dia dos namorados vamos focar em nossas carências afetivas, em nosso vazio interior que só você o conhece e muitas vezes não sabe explicar em palavras o que está sentindo. Já passou por isso? Sempre tentamos preencher nossas faltas, nem que seja temporariamente, porque é algo que incomoda e, às vezes, dói. Na verdade não fomos treinados para isso e fazemos erroneamente. Acreditamos que a única forma será eu sendo amado, sendo desejado pela outra pessoa que nem sempre eu amo, mas passa a mão no meu rosto, diz que estou bonito(a) ou, às vezes, a pessoa só me ouve. 


Por isso, que muita gente não sabe ficar sozinho e não aproveita o tempo para se conhecer e conhecer de forma mais íntima Deus. Ter um namorado ou namorada não é plenitude de total felicidade, pois o vazio é seu. Estar com alguém não é garantia de salvação da sua carência. O outro não é a salvação. Por não entender isso, as pessoas se entregam a relacionamentos difíceis, submetem-se a agressão física e não há mais dignidade. Com isso, as feridas só crescem e a carência só aumenta. Continuamos mendigando amor, atenção e afeto. 


Alguns tornam-se chicletes! Eu preciso dizer: ninguém merece! Padre Amedeo Cencine vem nos ensinar que mesmo se eu estiver casado, em um casamento realizado, em que me sinto completo e eu completo o outro. Sendo o casamento dos meus sonhos, uma coisa vai continuar faltando. Mas como assim? Se estou com a pessoa que me completa como pode faltar algo? Existe um espaço em seu interior, em sua alma que somente Deus pode preencher. O homem tem sede de Deus, quer Deus, sente falta dele quando não o tem. Daí que surge a intensa procura para preencher todos os vazios de seu interior nos relacionamentos, nas amizades e no namoro. 


Neste dia dos namorados em que você não tem um namorado(a) te convido a fazer o treinamento de procurar a Deus no dia de hoje e não se enfiar no chocolate ou num quarto trancado. Vá a capela e fala de seu vazio para Jesus. Às vezes, Ele te deu um Não e no dia de hoje você se encontra sozinho é para que você enxergue que Ele, somente Ele, pode te preencher. Deus quer te visitar. Não seja infantil e se abra esta visita em uma capela.


Texto de Rui Júnio dos Santos, da Comunidade Canção Nova, postado no site do MUR Mato Grosso. Imagem do site. Grifos nossos

terça-feira, 4 de junho de 2013

#papouniversitário: "Meu trabalho era destruir a fé dos católicos"


Amparo, ex-revolucionária e funcionária da ONU. Ela entendeu claramente: era a Virgem Maria quem lhe falava.


Tudo aconteceu quando ela recebeu um disparo da polícia em plena batalha. Quando despertou no hospital, decidiu que sua vida devia mudar radicalmente.


Sua vida “lamacenta” devia dar uma guinada de 180 graus e deixar de lado o seu servilismo político e sua vida de pecado, e dedicar-se às mulheres e às crianças, buscando seu autêntico bem.


Um avô católico

Amparo Medina viu o lado obscuro da ONU.
Amparo Medina viu o lado obscuro da ONU.
Ela havia nascido em uma família muito normal do Equador. Sua fé era tradicional, de Missa dominical e pouco mais. A exceção da regra foi seu avô, que vivia uma autêntica vida cristã.

Em certa ocasião, sendo Amparo adolescente e a caminho do ateísmo, seu avô lhe disse umas palavras que não haveria de esquecer nunca. Estavam entrando em uma igreja, e diante de uma imagem da Virgem lhe disse: “Olhe para os seus olhos. Ela é a única que vai te salvar e a que vai te levar à fé”. A coisa parou por aí.

O resto foi uma queda livre: foi expulsa do colégio por brigar com uma freira, e um encontro com evangélicos acabou por arrematar seu caminho rebelde e ateu.

A revolução e as esquerdas

Amparo em uma manifestação pro-aborto.
Amparo em uma manifestação pro-aborto.
Eram os anos 70 e 80, e a oferta social que Amparo encontrou fora da Igreja era a dos movimentos revolucionários, a teologia da liberação marxista, Che Guevara, os movimentos feministas, abortistas, o indigenismo e esse grande etcétera. Ela se meteu de cabeça nisso tudo.

Se há algo que não se pode reprovar em Amparo é dizer que ela não foi uma pessoa coerente com os seus princípios. Ela tomou todas as bandeiras, as abraçou e se dedicou a elas. Ora a encontrávamos em uma confrontação armada ou em uma manifestação antigovernamental, ou ainda em uma campanha a favor dos direitos reprodutivos das mulheres, ou seja, promovendo os contraceptivos e o aborto.

Se radicaliza na Espanha

Como a situação política no Equador se complicou, seu pai a enviou à Espanha para estudar Pedagogia Social. Neste país ela obteve seu título universitário, porém,  também sua radicalização política e o contato com outros movimentos revolucionários, ateus e anticlericais.

Sua mentalidade feminista coincidia com a da ONU.
Sua mentalidade feminista coincidia com a da ONU.
Já de volta ao Equador, sua visão feminista e de esquerda combinava perfeitamente bem com as políticas que a ONU levava a cabo na América Latina e, graças a ela e a sua formação, chegou a ser responsável no Equador do programa da UNFPA, isto é, do Fundo de População das Nações Unidas, de onde contava com todos os milhões de dólares que necessitasse para cumprir, ou melhor dizendo, impor os programas contrários à natalidade, a favor do aborto e da anticoncepção.

Meu trabalho: retirar a fé dos católicos 

Amparo explicou na rede católica de televisão EWTN que “os grupos comunistas e socialistas sabem que a única instituição que pode romper as suas mentiras é a Igreja Católica. Então – confessou — a primeira coisa que buscam são argumentos que possam destruir a pouca fé que os católicos têm. Veja as notícias ou vá atrás desse sacerdote que não está vivendo a sua vida na graça com Deus…  Publique-os e os lance na imprensa… E – concluiu — é preciso omitir que no Equador, 60% das obras de ajuda às pessoas pobres estão nas mãos da Igreja, pois isso se silencia”.

Destruir a Igreja desde dentro

O grande problema dos sacerdotes é a sua solidão: “Nós íamos em busca dos sacerdotes abandonados nos povoados e nas montanhas para dizer-lhes que se Deus existia, então por que permitia a pobreza? ‘A única maneira é a revolução. Una-se a nós, e nós vamos te ajudar’. Havia sacerdotes – lamenta agora — que cediam e que pensavam que teriam um grupo que lhe ajudaria, que lhe apoiaria, que estaria com ele… Em certas ocasiones oferecíamos dinheiro aos sacerdotes e às religiosas para que pudessem reconstruir, melhorar seus centros educativos com a única condição de que nos deixassem dar aulas de educação sexual e reprodutiva em seus colégios”.

Afastando-se ainda mais de Deus…

Em Amparo se cumpre aquela citação de Chesterton que “quando se deixa de crer em Deus, logo se crê em qualquer cosa”.

Imersa no ateísmo, não deixara de buscar algum resquício de espiritualidade na leitura de cartas, reiki, yoga…: “Como a vida na luta de esquerda era uma vida de pecado, você não podia se livrar das consequências do pecado. É a morte espiritual. São como pequenos pactos com o demônio. O demônio os cobra  – adverte. Assim, comecei a sofrer por conta do dinheiro”.

Alguém me recomendou que eu fizesse uma limpeza de ambiente. Tinha meus próprios mantras… que agora, que pude traduzi-los, dizem ‘eu pertenço a Satanás’. Fiz os mantras nos Estados Unidos e, inclusive, levei meus filhos ao xamã que era um mestre elevado da Religião Universal”.

… embora Deus não estivesse distante

Em certa ocasião, estando em uma comunidade, Amparo desafiou a Deus. Havia uma mulher rezando, porém, ela começou a repreendê-la severamente e chamá-la de louca. Até o ponto em que acabou rasgando uma imagenzinha que a pobre senhora segurava.

À época, sua prepotência de revolucionária não lhe fornecia muitas outras soluções. Pouco depois veio o passo seguinte até a sua conversão.

Ferida por uma bala da polícia

Amparo havia participando de todo tipo de  manifestações e lutas contra o governo. Em ocasiões mobilizando os indígenas e facilitando que estes  acorressem armados com lanças. Porém, certo dia, estando em uma delas, foi atingida por uma bala. Quando sentiu o impacto, Amparo recorda de duas coisas: por um lado, seu marido e seus filhos e, por outro lado, uma paz inexplicável, total. Não tinha medo de partir. Tudo era alegria, gozo, paz…

Nisso, escutou uma voz que lhe cantava: “Vi uns olhos maravilhosos. Vi o amor. Eram os olhos da Virgem.Eram justamente os olhos da estampa que eu havia rasgado! A estampa da Virgem Milagrosa. Eu a vi como uma adolescente de 15 anos. Com roupas brancas…”.

Enquanto ela sangrava, a única coisa que sentia era paz, alegria… Nesse momento a Virgem lhe disse: “Minha pequena, eu te amo”. E lhe pediu que deixasse todas as causas que ela levava e que assumisse a causa de seu Filho. Também se deu conta de que por trás da Virgem havia um senhor mais idoso: era seu avô.

E seu marido pensou que ela estivesse louca

Quando acordou, narrou toda a experiência a seu marido, Javier. Ele pensou que ela estivesse louca, e não era para menos. Uma ateia convicta, militante anticatólica, e despertando daqueles sonhos…

Em seguida, levaram-na para que os altos mestres, psicólogos e peritos da Nova Era a examinassem e a convencessem de que aquelas experiências eram fruto de suas alucinações e dos ferimentos. Sem dúvida, “ninguém podia tirar da minha cabeça que era Deus”.

Primeiramente, confessar-se

“A primeira coisa que precisava era um sacerdote. Precisava me confessar. A primeira coisa, em primeiro lugar, era a confissão. Eu pedia a Deus que não morresse no caminho, indo para casa, porque iria para o inferno. Na confissão estavam todos os pecados. Os mais horríveis”.

Era uma nova etapa, e havia de começar desde o princípio, fazendo tudo bem feito. Assim, a primeira coisa que fiz foi aprender a amar Jesus, a amar os sacerdotes, a amar a Igreja, amar os sacramentos”.

Amparo se sentia totalmente enlameada e também convidada a uma nova revolução: “O único que transforma o mundo é Deus. Eu não sou digna. É tão grande o amor de Deus…”

A conversão de seu marido

Amparo rezou e convidou seu marido Javier à conversão. Com o passar do tempo, Javier, revolucionário como ela, começou a dar provas de mudança por amor a Amparo.

Devia ser uma experiência dramática em si mesma pelo único fato de ter que romper com toda uma vida de convicções e luta comprometida. Amparo explica isso dessa maneira: “Meu marido aceitou crer em Deus e na Virgem, porém, não acreditava  no sacramento. Todavia, Deus colocou um sacerdote santo em nosso caminho. Por fim, ele se confessou e sua confissão levou horas. Ao sair, sentiu que havia se livrado de toneladas de coisas”.

Agora era hora de denunciar as mentiras da ONU

Denunciando a manipulação da ONU.
Denunciando a manipulação da ONU.
A conversão das pessoas, na maioria das vezes, é um processo longo e em etapas. Amparo estava a caminho, mas ainda não renunciara a toda sua vida de pecado. Necessitava de parte dela, pois seu salário das Nações Unidas era uma fonte necessária para a família e seu ritmo de despesas.

Tudo aconteceu quando uma amiga sua lhe pediu informações sobre a distribuição da pílula do dia seguinte por parte das Nações Unidas no Equador. Amparo era responsável pela sua importação e distribuição no país.

De fato, sua agência das Nações Unidas havia vendido ao Equador 400.000 (quatrocentas mil) doses da pílula do dia seguinte. A ONU em Nova York, a UNFPA no Equador: “Eles nos vendem a 25 centavos de dólar, e nós as vendemos entre 9 e 14 dólares. É um negocio e tanto”.

No Equador houve um julgamento em que as Nações Unidas perderam a ação devido à distribuição da pílula e os pró-vidas ganharam, visto que tiveram que reconhecer que ela não é um método contraceptivo, mas sim anti-nidatório, ou seja, abortivo, e que se utiliza quando os métodos contraceptivos falham.

O ápice de sua decisão de converter-se e dar um passo definitivo até Deus aconteceu a caminho do tribunal nesse julgamento em que a ONU perdeu: “Quando estávamos levando a informação ao Tribunal, um jornalista me fez uma pergunta que pensei que era Deus quem me a fazia – estás com Deus ou estás com o demônio? –. A pergunta foi: O que eu pensava da pílula do dia seguinte? E, claro, eu continuava trabalhando para as Nações Unidas e apoiava todas as organizações pró-aborto. Nesse momento me dei conta de que era o momento de dizer a verdade e deixar de mentir a mim mesma. Era uma incoerência ser católica e ao mesmo tempo, por dinheiro, continuar apoiando uma organização que vai contra os meus valores. E, claro, disse a verdade e as Nações Unidas me despediram”.

O que existe por trás das Nações Unidas?

Por trás dos projetos da ONU, atrás das palavras bonitas que usam quando falam de saúde reprodutiva, na realidade, há toda uma promoção do aborto e dos contraceptivos. É o único objetivo para toda América Latina.

Na entrevista de Amparo à cadeia de televisão norte-americana EWTN, denunciava que no livro “Cuerpos, tambores y huellas”, editado pelas próprias Nações Unidas, se reconhece a promoção das relações sexuais com crianças desde os 10 anos. E que nele se explica claramente três coisas:

- que os pais não devem ser informados da educação sexual que seus filhos recebem;
- que as escolas devem distribuir contraceptivos a seus alunos sem o conhecimento e consentimento dos pais;
- e que se um professor ou médico chegasse a informar aos pais de que seus filhos estão usando contraceptivos, esse professor ou médico deve ser expulso de seu trabalho por romper o sigilo profissional.

Amparo, e não só ela, denuncia a existência de um todo um negócio em que não se desperdiça nada: promove-se as relações sexuais entre crianças e adolescentes, e se lhes vendem preservativos. Como estes falham, então se lhes oferece o aborto ou a pílula do dia seguinte. Como o aborto produz restos humanos, estes servem bem para a experimentação ou bem para extrair algumas sustâncias que depois se usam em cremes, xampus, etc. Negócio completo.

Assistam a uma conferência de Amparo Medina a seguir:




E agora na luta pela vida

A realidade foi mais dura do que o previsto em um primeiro momento. O casal perdeu tudo quando saiu da revolução. Eles tiveram que renunciar a muitas coisas, as primeiras foram os bens materiais. Porém, foi “bonito encontrar juntos o amor de Deus e eliminar os mitos relativos aos sacerdotes, à Virgem, à Igreja…


Amparo Medina e seu marido Javier Salazar são pais de três filhos. Ela é Diretora executiva de Ação Pró-vida Equador e, além disso, colabora e assessora outros organismos.


Agora também luta pela família, mulheres e crianças, mas a partir da verdade integral das pessoas, e não a partir do negócio econômico.


Ameaças de morte

Um novo enfoque, sim, mas não isento de perigos. Assim, Amparo tem sofrido ameaças de morte como a que recebeu não faz muito tempo em uma caixa de sapatos, dentro da qual havia uma ratazana morta com a mensagem “morte aos pró-vidas” e “lembre-se que os acidentes existem, lembre-se que as mortes acidentais são o dia a dia deste país, NÃO PROSSIGA COM SUA CAMPANHA ANTI MULHER E HOMOFÓBICA…Morte aos traidores, morte aos anti Pátria, MORTE OU REVOLUÇÃO”.


Amparo não se assusta. E continua com sua luta confiante que tem em mãos a possibilidade de defender milhares de vidas humanas.


Se desejar ver uma entrevista realizada com Amparo Medina à rede de televisão norte-americana EWTN, pode acompanhar aqui:




Do site Fratres in unum, grifos nossos

--Gostaríamos de terminar este #papouniversitário com duas perguntas que tem em si um desejo de compreensão do papel dos movimentos (anti-católicos, anti-cristãos) citados no texto.

Até onde vai a ideologia dos métodos abortistas? São essas as forças espirituais espalhadas pelo ares referidas por São Paulo quando escreveu aos Efésios (cf. Ef. 6, 12)?

Que a nossa discussão seja à luz da Palavra de Deus e do que diz a Igreja em seus documentos e cartas oficiais.

Paz e bem!

Comissão de CS do MUR Piauí